sexta-feira, 11 de maio de 2012


(alex) Em  primavera

olhando para a autoviolência querendo sentir de novo algum gosto de hortelã.
Tenho que me tacar  no chão ou na vontade de achar essa outra possibilidade de dizer isso que não se diz. Essa pergunta que não se faz, essas coisas das quais não se fala, mas se indaga muito, muito. À Loucura, de achar o bicho que faz boicote,  destruição, suicídio. E se afastar. De longe e consciente, constatando. O Alex talvez seja assim. E por isso talvez a parte mais perversa dali,  ou talvez a parte mais rendida ao desespero pré descontrole. tenho que pensar sobre isso.
Primavera é olhar para a pulsão de morte. Para as estruturas de hierarquia e poder que se fazem nas relações, qual for. Tem-se  que aprender sobre a tortura e a frieza de se relacionar com os seres. tem que olhar para a dominação e submissão que se fazem juntas, em mim. Onde esta a fraqueza do poder .Onde ela se faz grande e quando o grande fica pequeno por ser enorme.
Tem que se produzir presença e olhar na calma de fumar um cigarro. A fala para dentro que se vive fora. As relações devem se desgastar.  Procurar o fraco dentro.
Se fazer um recanto da sala encolhido. Gritar, bater. Cair na porrada. Ser muito  testosterona. Suar. Ficar mais forte, desesperar e ficar quieto. Achar o tom e os tempos. Pausas, gestos que retiram palavras. fazer essa peça ser outra sendo essa . Peça crua.  Suja, suada.  Do de tão grande que fica enclausurado,  e fazer disso um gesto, partitura silenciosa.
Apanhar será importante. Bater também. Fumar muitos cigarros e não levar isso para vida.
EM primavera é preciso participar dessa experiência maior que é o (re)encontro de nós com a coisa teatro.  Com a coisa corpo, com a coisa dentro e fora, com a coisa olho, língua e voz, essa dança.
Em primavera é preciso fazer coisas de menino e pertencer a um grupo bandido. Em primavera é preciso limpar o chão, e pisar com delicadeza nele, sem esquecer da virilidade e força necessária para uma fraqueza real.
Em primavera será preciso olhar atento o texto e se distrair com as dramaturgias.
Em primavera será bom encher o saco da peça, dos meninos, de qualquer coisa. Trazer isso para dentro, puxar o cabelo do Lucas. Isso pode ser uma boa cena, não vai machucar de verdade. Talvez doa vez ou outra, mas machucar não.  Ser simultâneo e se preocupar com isso. Que isso seja bom. Que isso seja bom na luz.
tem escuro na peça. Acho que tem não ver na peça e para isso pode estar claro. não importa.












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